“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”

Amyr Klink

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04 julho, 2012

Brasserie Obé

Finalmente, depois de dois meses e meio no restaurante gastronômico e muito pedir ao chef e ao sub-chef, fui enviada à brasserie de luxo do Crillon, Obé. O combinado era ter feito apenas dois meses, mas sabem como é: meu serviço é um "cocô", como dizem eles; mas também não me deixavam ir embora.   Como diz a Marcela, uma prima minha pisicologa:  "que para conquistar um equilibrio emocional, você precisa ouvir uma crítica (e isso não te abalar) e ouvir um elogio (e não se abalar também, tipo ficar "se achando")". Isso é muito dificil. Não vou negar que tiveram dias que minha cabeça dançou! 
Tentaram me convencer dizendo que os dois restaurantes eram a mesma coisa mas que os Ambassadeurs era melhor (olha ai a pretenção!). Não é nada parecido! Nem os colegas, nem a cozinha, nem o ritmo de trabalho, nem o trabalho final: os pratos. Nem é pior, nem melhor. São diferentes! 
Para começar, um chef que tem prazer em trabalhar e prazer em ensinar. Como a cozinha é pequena, coloquei minhas mãozinhas em quase tudo. Vejam na foto, da para imaginar 7 trabalhando ai? Pois é, isso realmente aconteceu um dia. Os horarios de trabalho... de 9 da manhã as 18 oficialmente, mas tiveram varios dias que sai as 15. Mamata. Dessa forma eu rendi muito mais! Ah, detalhe! Enquanto o gastrô fazia em torno de 12 quando muiiiito 20 couverts ao meio dia, o Obé fazia uns 40.

Cozinha do Obé
Além das opções do cardapio, eles têm menus que variam de 40, 60 e 80 euros. Eu tirei algumas fotos dos pratos que fiz. Fica clara a diferença do Obé e dos Ambassadeurs. Aqui os pratos são mais gourmands, fartos e não ha uma preocupação grande por exemplo, se o molho escorre para o lado ou uma salsinha esta fora do lugar. Como diz a Dadete: é um tipo de refeição que você como todo dia e não enjôa!

Entrada - Melão com espuma de foie gras e redução de balsâmico

Saladinha de legumes

Tartare de dourado com gaspacho e pesto

Robalo com funcho e vinagrete de citricos

Salmão com molho "beurre blanc" e trio de cenoura
Variações de tomates
Finalmente, conclui meu estagio no Crillon. Super orgulhosa, porque não foi facil. Agora é bola para frente e ja ja estou de volta em BH.

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